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sábado, 2 de abril de 2011

Hyundai Genesis: filho do silêncio

Não é por acaso que o logo do Hyundai não está cravado na grade dianteira do Genesis, sedã de luxo que chega a partir do segundo semestre do ano que vem com preço ainda não confirmado, mas que deverá ficar em torno de R$ 150 mil. Sabiamente, a fabricante coreana percebeu que está entrando num segmento em que tradição pesa bastante na hora da compra, e não quer cometer o mesmo equívoco da Volkswagen com o fracassado Phaeton, parente do Audi A8 – caso emblemático de um carro com boas qualidades, mas de uma marca de perfil mais popular.
Sem preconceitos, procurei no Genesis algo parecido com o que encontrei quando assumi o volante do novo BMW Série 5 ou do Jaguar XF. Depois de duas voltas rápidas numa pista fechada no interior de São Paulo, ficou apenas a certeza de que os coreanos estão no caminho certo. Em pouco tempo eles chegarão ao mesmo nível dos melhores modelos do segmento. Ainda falta um tempero mais esportivo, tão apreciado pelo público exigente desses sedãs, sempre disposto a pagar caro não apenas pelo máximo de conforto e segurança, mas que valoriza bastante o prazer de dirigir. Faltam trocas de marchas mais rápidas, inclusive nas reduções, além de comandos do câmbio próximos do volante.
O motor 3.8 de 290 cavalos é moderno, tem comandos de válvulas variáveis e bons 36,5 kgfm de torque a 3.500 rpm. Contudo, ficou claro que o câmbio automático de seis marchas não tem pressa, e que sua prioridade é o conforto dos ocupantes, com um rodar silencioso e sem trancos. Não adianta tentar afobadamente ir de quarta para segunda antes de uma curva fechada e, depois de contorná-la, sair rapidamente com os seis cilindros cheios. É preciso diminuir bem a velocidade para conseguir fazer o V6 subir de giro. E se o ponteiro do contagiros chegar próximo do regime de potência máxima (6.000 rpm), a marcha seguinte é engatada, mesmo sem seu mestre (o motorista) mandar.Ivan Carneiro

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